Refrigeração no transporte: Como escolher o sistema ideal e evitar prejuízos

Transporte refrigerado

Manter a qualidade e a segurança de produtos perecíveis durante o transporte e armazenamento é essencial para evitar desperdícios e garantir o controle de temperatura ideal para a qualidade do seu produto até o destino final. Seja para alimentos, medicamentos ou produtos químicos, escolher o sistema de refrigeração certo faz toda a diferença!

Neste artigo, você vai descobrir:

  • Como selecionar o sistema ideal para cada tipo de carga.
  • Quais fatores considerar na hora de escolher o equipamento.
  • Por que treinar os motoristas é fundamental para o sucesso do transporte refrigerado.

Cada produto tem suas necessidades específicas para o controle de temperatura. Usar um sistema inadequado pode estragar a mercadoria, causar multas por descumprimento de normas sanitárias e até mesmo colocar vidas em risco (no caso de medicamentos). Veja o que considerar:

A) Alimentos perecíveis

– Carnes e peixes: 

Para garantir a conservação adequada de carnes e peixes, é essencial mantê-los em temperaturas entre -18°C a 0°C, pois essa faixa evita a proliferação de bactérias e preserva a qualidade dos produtos. O sistema de refrigeração recomendado para esse controle de temperatura são unidades a diesel ou elétricas com precisão térmica, capazes de manter a temperatura controlada durante o transporte ou armazenamento.

A importância desse cuidado é crítica: se a temperatura ultrapassar o limite recomendado, a carne pode apodrecer rapidamente, resultando na perda total da carga e em riscos à saúde devido à contaminação. Por outro lado, se a temperatura ficar muito baixa, abaixo do necessário, pode queimar o produto, comprometendo sua textura, sabor e qualidade. Portanto, o controle preciso da refrigeração é fundamental para evitar desperdícios e garantir a segurança alimentar.

– Frutas e legumes: 

Frutas e legumes exigem cuidados específicos no armazenamento para manter sua qualidade e frescor. A maioria desses produtos deve ser conservada em temperaturas entre 0°C e 10°C, porém algumas variedades, como bananas, não suportam temperaturas abaixo de 12°C, pois sofrem danos por frio. O sistema de refrigeração ideal para esse tipo de carga deve incluir controle de umidade, evitando tanto o ressecamento quanto o excesso de condensação, que pode favorecer o aparecimento de mofo.

Manter as condições adequadas é crucial porque temperaturas incorretas podem acelerar o amadurecimento, encurtando a vida útil do produto, ou até mesmo causar danos por congelamento, tornando frutas e legumes impróprios para consumo e comercialização. Por isso, um controle preciso da refrigeração e da umidade é essencial para reduzir desperdícios e garantir que os alimentos cheguem ao consumidor em perfeito estado.

– Laticínios: 

Laticínios, como leite, queijos e iogurtes, exigem um controle rigoroso de temperatura para manter sua qualidade e segurança. O ideal é armazená-los em uma faixa entre 2°C e 6°C, pois temperaturas fora desse intervalo podem comprometer sua textura, sabor e validade. O sistema de refrigeração recomendado deve garantir máxima estabilidade térmica, evitando flutuações que possam acelerar a deterioração desses produtos.

A importância desse cuidado é evidente: variações de temperatura podem levar ao desenvolvimento de bactérias, causando azedamento, alterações na textura ou até mesmo a perda total da carga. Em casos mais graves, produtos contaminados podem gerar recalls, trazendo prejuízos financeiros e danos à reputação da marca. Portanto, investir em um sistema de refrigeração eficiente e estável é fundamental para preservar a qualidade dos laticínios, evitar desperdícios e garantir a satisfação do consumidor.

B) Produtos farmacêuticos e vacinas

– Vacinas e medicamentos termolábeis

Vacinas e medicamentos termolábeis exigem condições específicas de armazenamento, geralmente entre 2°C e 8°C, para manter sua eficácia. No entanto, alguns produtos, como certas vacinas de mRNA, necessitam de temperaturas ainda mais baixas, chegando a -20°C ou até -70°C. Para garantir a preservação adequada desses insumos, é essencial utilizar sistemas de refrigeração com backup de energia, monitoramento contínuo (24/7) e alarmes que alertem sobre qualquer variação fora da faixa ideal.

A manutenção da temperatura correta é crítica, pois, se esses produtos forem expostos a condições inadequadas, podem perder sua eficácia terapêutica, colocando vidas em risco. Além do impacto na saúde pública, há também um prejuízo financeiro significativo, já que esses medicamentos e vacinas possuem alto valor. Por isso, investir em sistemas de armazenamento confiáveis e monitorados é fundamental para assegurar a qualidade e a segurança desses produtos essenciais.

C) Produtos químicos e cargas sensíveis

Algumas substâncias químicas exigem controle rigoroso de temperatura durante o transporte para evitar decomposição, reações perigosas ou perda de eficácia. Para isso, são utilizados contêineres isotérmicos com refrigeração mecânica ou criogênica (como nitrogênio líquido), que mantêm a temperatura estável mesmo em longos trajetos.

Se a cadeia de frio for interrompida durante o transporte, esses produtos podem sofrer degradação, liberação de gases tóxicos ou até mesmo explosões, dependendo de sua natureza. Além dos riscos à segurança, falhas no controle térmico podem levar a multas ambientais, perdas financeiras e danos à reputação da empresa.

Por isso, é essencial escolher sistemas de refrigeração confiáveis, monitorar a temperatura em tempo real e garantir que os veículos de transporte atendam às normas técnicas. A manutenção adequada da temperatura durante o transporte não só preserva a integridade do produto, mas também minimiza riscos operacionais e cumpre exigências regulatórias.

Não basta apenas escolher um sistema refrigerado – ele precisa ser eficiente, econômico e seguro. Veja o que avaliar:

  • Capacidade de resfriamento: O equipamento deve manter a temperatura estável mesmo em condições extremas (como calor intenso).
  • Eficiência energética: Sistemas com compressores de velocidade variável reduzem o consumo de combustível ou energia elétrica.
  • Custo-benefício: Um equipamento mais barato pode ter manutenção cara ou gastar mais energia. Avalie o investimento a longo prazo!
  • Tecnologia e monitoramento: Sistemas com IoT (internet das coisas) permitem acompanhar a temperatura em tempo real e receber alertas em caso de falhas.

De nada adianta ter o melhor sistema de refrigeração se o motorista não souber usá-lo corretamente. Veja por que o treinamento é tão importante:

  • Evita desperdícios: Saber pré-resfriar o caminhão antes do carregamento e evitar aberturas desnecessárias das portas economiza energia e mantém a temperatura estável.
  • Protege a carga: Motoristas bem treinados sabem ajustar a temperatura certa para cada produto, evitando perdas por congelamento ou deterioração.
  • Reduz custos: Um operador que conhece o equipamento previne falhas e aumenta a vida útil do sistema.
  • Garante conformidade: Normas como ANVISA (para alimentos e medicamentos) e ATP (para produtos perecíveis) exigem controle rigoroso. Motoristas capacitados evitam multas e apreensão de cargas.
Conclusão: Refrigeração adequada = Menos prejuízos e mais qualidade

Escolher o sistema certo e capacitar a equipe faz toda a diferença no transporte de produtos refrigerados. Lembre-se:

✔ Cada carga tem necessidades específicas – usar um sistema errado pode arruinar a mercadoria.

✔ Invista em equipamentos eficientes e com monitoramento em tempo real.

✔ Treine os motoristas para operar corretamente o sistema e evitar falhas.

Com essas práticas, você garante a qualidade dos produtos, evita desperdícios e cumpre todas as normas regulatórias. Assim, todo mundo sai ganhando – do produtor ao consumidor final!



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